Carreira
Roberto Menescal começou a carreira profissional em 1957, acompanhando ao violão a cantora Sylvinha Telles, com a qual realizou turnê de shows por todo o país. No ano seguinte, abriu uma academia de violão em Copacabana com Carlos Lyra, da qual saíram grandes nomes da bossa nova, como Nara Leão.
Em 1959, participou do I Festival de Samba-Session, realizado no teatro de Arena da Faculdade de Arquitetura da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Nesse mesmo ano, teve pela primeira vez registrada uma canção de sua autoria, "Jura de pombo" (c/ Ronaldo Bôscoli), em disco de Alaíde Costa.
No início da década de 60, destacou-se como compositor, com sua música "O barquinho" (c/ Ronaldo Bôscoli), gravada por Maysa, Pery Ribeiro, Paulinho Nogueira e vários outros intérpretes. Essa canção, emblemática em sua carreira, tornou-se um clássico da bossa nova, ao lado de outras de sua parceria com Ronaldo Bôscoli, como "Ah, Se Eu Pudesse", "Rio", "Você" e "Vagamente".
Em 1962, acompanhou a cantora Maysa em turnê pela Argentina. Com seu conjunto, foi contratado pela TV Rio, ainda nesse ano, para acompanhar cantores em programas da emissora, trabalho que exerceu durante dois anos. Participou, ainda em 1962, do Festival de Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall de Nova York (EUA), ao lado de vários artistas como Tom Jobim, Carlos Lyra, Sérgio Ricardo, Chico Feitosa e outros.
Lançou, na década de 1960, os LPs "Bossa session" (1964), com Sylvinha Telles e Lúcio Alves, "Bossa nova - Roberto Menescal e seu Conjunto" (1966), "A bossa nova de Roberto Menescal e seu Conjunto" (1967), "Surf Board" (1967), "A nova bossa de Roberto Menescal" (1968) e "O Conjunto de Roberto Menescal" (1969).
De 1964 a 1968, atuou como arranjador, escrevendo para orquestras. A convite de André Midani, começou a trabalhar como produtor independente e arranjador na PolyGram. Na gravadora, da qual se tornou diretor artístico, foi responsável por discos de nomes como Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Jorge Bem Jor.
Em 1985, retomou sua carreira de instrumentista, acompanhando Nara Leão em apresentações no Brasil e no exterior. Com ela, lançou o disco "Um cantinho, um Violão - Nara Leão e Roberto Menescal". No ano seguinte, deixou a gravadora Polygram para se dedicar a projetos pessoais. Em 1997, criou a gravadora Albatroz. Ajudou na produção do documentário sobre a bossa nova "Coisa Mais Linda", de Paulo Thiago, lançado em 2005.
Fontes:
ALBIN, Ricardo Cravo. "Dicionário Houaiss Ilustrado [da] Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro: Paracatu Editora, 2006.
CASTRO, Ruy. "Chega de Saudade". São Paulo: Companhia das Letras, 1990