HOME > Coleção >> Wilson Simonal

Wilson Simonal

clique aqui para ampliar

Biografia

O cantor Wilson Simonal, ou Wilson Simonal de Castro, nasceu em 26 de fevereiro de 1939, no Rio. Ele começou a cantar nas festas do 8º Grupo de Artilharia de Costa do Rio, durante o serviço militar obrigatório, que durou três anos. Ao sair das Forças Armadas, passou a cantar em clubes e bares da noite carioca.

Foi crooner do Conjunto Dry Boys e também fez parte do grupo Os Guaranis. Em 1961, começou a apresentar-se o programa "Os Brotos Comandam", de Carlos Imperial.

No começo, cantava rock em inglês e chegou a cantar chá-chá-chá no Top Club, uma boate da praça do Lido, em Copacabana. Com o surgimento da bossa nova, se aproximou do movimento e passou a cantar músicas do novo estilo.

No começo dos anos 60, passou a cantar no Beco das Garrafas, em Copacabana, atraído por Ronaldo Bôscoli e Miéle. Além de músicas da bossa nova, ele também cantava jazz. Com sua voz forte, Simonal abriu o caminho para que cantores de vozeirão pudessem cantar também bossa nova.

Em 1966, voltou ao gênero mais popular e a Carlos Imperial, cantando "Mamãe Passou Açúcar Em Mim". Depois, fez grande sucesso com "Meu Limão, Meu Limoeiro", música cantada por 15 mil pessoas no Marcanãzinho no encerramento do 4º Festival Internacional da Canção. Emplacou outros sucessos como "Sá Marina".

Em 1972, no auge do sucesso, sua carreira caiu em desgraça, depois de ter sido acusado de espionar artistas para o regime militar. O cantor viveu no ostracismo até sua morte, em 25 de junho de 2000, em São Paulo, onde vivia.

Apenas em 2003, se comprovou não haver evidências que levassem à acusação que Simonal foi submetido e ele foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil. Simonal teve os filhos Max de Castro e Wilson Simoninha, que são cantores também.

Fontes:
ALBIN, Ricardo Cravo. "Dicionário Houaiss Ilustrado [da] Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro: Paracatu Editora, 2006.
CASTRO, Ruy. "Chega de Saudade". São Paulo: Companhia das Letras, 1990